quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cap.5 - A Casa Abandonada


P.D.V Demi.

Ainda eram 4hrs da manhã. Eu não pregara os olhos por um minuto se quer, estava totalmente sem sono e dispersa. Meu dia com Joe passando como um filme em minha cabeça. Eu me mexi na cama tentando ficar mais confortável, ou ao menos tirar as imagens por um minuto da minha cabeça para que eu pudesse dormir. É, eu não iria dormir aquela noite – manhã, corrigi mentalmente quando me lembrei da hora.
Levantei assim que me dei conta que já havia alguém no primeiro andar, passei com cuidado pela cama de Madison e por Dallas, que dormiam como pedra, por um breve momento invejei elas. Passei a porta e a fechei com cuidado, andei com cuidado pelo corredor e desci as escadas nas pontas dos pés para ver quem estava acordado. Dianna, menos mal.
-O que você está fazendo acordada à essa hora? – ela perguntou surpresa quando me viu.
-Sem sono – respondi e passei a mão em meus cabelos embaraçados.
-Ah – ela me respondeu com um olhar desconfiado.
-Vou tomar banho – disse subindo as escadas antes que ela fizesse qualquer pergunta.
Entrei no banheiro e demorei o dobro do tempo necessário para desembaraçar meus cabelos e escovar meus dentes, depois entrei debaixo do chuveiro com a água quente, fechando os olhos e lembrando com mais detalhes possíveis de como era beijar Joe. Passei minha mão por minha nunca quando percebi que estava arrepiada ao lembrar de seu toque. Sorri involuntariamente, fechei a água e fui para meu quarto. Minhas irmãs ainda estavam dormindo, tive de tomar o maior cuidado possível para não acorda-las. Abri meu guarda-roupas e vesti a primeira peça de roupas que vi pela frente, meu vestido preto um pouco acima do joelho, com alças finas. Peguei meu celular debaixo de meu travesseiro e sai do quarto, sem querer batendo a porta, mordi o lábio e desci para tomar café. Peguei meu cereal e virei no prato sem a menor vontade. Caminhei até a sala e me joguei no sofá, suspirando antes de começar a comer. Meu celular tocou e eu olhei no identificador e abri um sorriso.
-Oi – disse melosa.
-Te acordei? – Joe me perguntou com a voz baixa.
-Não consegui dormir – respondi rindo.
-Achei que tinha sido só eu – ele me acompanhou.
-Er... – eu queria vê-lo outra vez. Aquilo era doentio.
-O que foi? – ele me perguntou com um sorriso na voz.
-Eu quero te ver – admiti sem graça.
-Também – Joe disse e houve um breve silêncio. – Tem um lugar que eu acho que você vai gostar de conhecer.
-Hmm, onde? – perguntei curiosa.
-Tem uma casa abandonada perto da rodovia, tem um jardim lindo lá – Joe disse com uma voz mais maliciosa.
-Não vamos arrumar problemas? – eu não me importaria se acontecesse alguma coisa.
-Não, nunca tive problemas – Joe disse rindo.
-Então por mim tudo bem – sorri ao telefone.
-Te pego às 11hrs? – mas parecia uma pergunta.
-Pode ser. – respondi.
-Te amo, tchau – ele disse rápido e desligou. Ele pode não ter percebido mais foi a primeira vez que ele disse que me amava, ou qualquer coisa parecida. Era a primeira vez que alguém correspondia algum sentimento meu. Ele foi o primeiro a me beijar, o primeiro que me achou bonita. Era possível? Mas provável que seja só um sonho. Custei a tirar o telefone do ouvido, paralisada. Era felicidade demais.
-Mãe? – chamei e olhei rapidamente para o relógio. Já faltavam dez minutos para as dez.
-Fala Demi – ela respondeu e parou na porta da sala olhando para mim.
-Eu vou sair...Er, com o Joe, tudo bem? – disse toda enrolada.
-Quem é o Joe, Demetria? – Dianna perguntou séria.
-Meu amigo, mãe – disfarcei. Que amigo!
-Sei – ela revirou os olhos. – Tudo bem.
-Ok – eu disse e fui para o meu quarto me arrumar. Tentei me vesti de um modo em que me sentisse bem, confortável, mas ao mesmo tempo apresentável. Com um gemido de reprovação vesti meus shorts e minha blusa preta, de meia manga. Sentei de frente para o espelho e passei meia hora escovando meus cabelos, só me dei conta da hora quando ouvi Joe buzinar em frente a minha casa. Dei um pulo e terminei de me arrumar correndo, saindo sem maquiagem, apenas com um gloss, quando estava quase saindo me lembrei de passar o meu perfume. Quando desci as escadas a minha mãe já estava na porta – talvez para ver com quem eu realmente estava saindo – e me deu dinheiro, caso eu precisasse – eu não iria precisar, mas tudo bem.
Sentia que meu coração enquanto caminhava até o carro, Joe sorria e me olhava pela janela entreaberta achando graça de minha mãe me vigiando na porta. Tentei fechar a cara para ele, mas obviamente meus sentimentos lesados de apaixonada só me fizeram abrir um largo sorriso, corei quando senti seus olhos em mim.
-Bom dia – ele sorriu para mim.
-Bom dia – respondi ainda sorrindo.
-Vamos? – ele me perguntou assim que fechei a porta do carro. Balancei a cabeça e olhei para a rua fixamente. Joe ligou uma música bem baixa, apenas para mudar o ambiente. Rapidamente reconheci, era Into Your Amrs, do The Maine. Não me contive, suspirei e sorri, Joe cantava mais alto que a música e não tirava os olhos de mim, sentia meu rosto em chamas, acho que perdi um bom tempo hipnotizada por seu sorriso, e seus olhos castanhos tão pertos dos meus. Senti um impulso estranho de abraçá-lo, de beijá-lo, obvio que eu tinha que me controlar, ele estava dirigindo – e eu não queria parecer atirada.
Não demorou mais que vinte minutos e chegamos. O lugar era deserto, não tinha casa nenhuma por perto, a casa era linda, porém acabada, vai lá se saber por que a deixaram desse jeito.
-O dono morreu ano passado – Joe comentou analisando minha expressão. Assenti sorrindo, e com um pouco de medo peguei em sua mão e entrei pelo jardim – ainda maravilhoso – da casa. Havia muitas árvores, todas de diferentes tamanhos compondo uma paisagem harmônica junto com as flores que cresciam desordenadamente por todo o quintal, tinha muitas folhas secas no chão, assim como alguns galho, mas aquilo só deixava o ambiente mais natural e agradável. Não tinha notado, mas havia um lago artificial que cortava todo o jardim, ainda tinha peixes e ao seu redor um banco, tipo de praça, ainda em perfeito estado. Caminhei naquela direção, com a intenção de sentar, Joe me segurou e me jogou no chão juntamente enquanto ele se jogava em meio a gargalhadas.
-Ai! – eu ri.
-Eu disse que ia gostar de vir aqui – ele disse ainda sorrindo. Joe tinha razão, eu tinha adorado aquele lugar, parecia mágico, era incrível o silêncio e a tranqüilidade do lugar. Fora que não havia ninguém por perto para nos vigiar, falar o que estávamos fazendo.
-Verdade – disse baixinho. Deitei na grama alta, florida de fitei o céu, cheio de nuvens sentindo Joe acariciar minha mão.
-Demi? – ele me chamou de repente.
-Oi.
-Eu quero falar com você, por isso te trouxe aqui – Joe disse meio sério, seu tom era nervoso comparado ao te costume.
-Pode falar – eu disse com um pouco de medo que a minha felicidade tenha sido curta demais.
-Você...Você é diferente – Eu sempre soube disso, agora aquilo era um obstáculo? – Você tem o sorriso mais lindo, consegue encantar a todos com essa sua beleza e o seu jeito tão meigo, e no entanto não saía com ninguém, como...? – ele falava rápido demais – Eu te amo, muito, e eu não sei como eu tive coragem de dizer isso com esses seus olhos me intimidando, com esse sorriso perfeito em seu rosto, eu me sinto um idiota dizendo isso para você, por que eu sei que não é a mesma coisa, eu só peço para que você não se afaste de mim, pode achar que é pouco tempo mas não preciso esperar mais para saber que o que eu sinto por você eu nunca senti por ninguém...
-Realmente não é a mesma coisa – eu suspirei quase transbordando de felicidade. Seus olhos se fecharam de imediato. – Claro que o que você sente não é nem a metade do que eu sinto por você. – disse em um só fôlego.
Joe abriu os olhos e ao mesmo tempo um sorriso, me puxou para um abraço apertado e sussurrou “Eu te amo” em meu ouvido, eu fiz o mesmo, então ele passou a mão por minha bochecha e olhou dentro de meus olhos por alguns segundos para só depois fecha-los e encostar seus lábios nos meus. Dessa vez foi diferente, eu não sentia nervosismo, o beijo era doce e suave, ao contrário do que de costume, eu não conseguia encontrar em mim uma vontade de parar, podia passar horas ali que não me importaria.
Depois de estar ofegante, deitei em seu peito, e ele passou a mão em minha volta, deixando a outra em meu cabelo, massageando-o de leve. A sensação era tão boa que dormi, sem saber se tudo aquilo realmente havia acontecido, ou se apenas estava sonhando.


Continua...
PS: P.D.V - Ponto De Vista.

Precisamos ter quatro comentarios no minimo pra continuar.



11 comentários:

  1. MUITA LINDA SUA FIC , QUANDO POSTA MAIS ?

    ResponderExcluir
  2. isso é perfeito .
    quero muito ver a continuação ..

    ResponderExcluir
  3. eu amei sério mesmo .
    quero o resto kkk

    ResponderExcluir
  4. oiint *-* to quase chorando mt perfeitinha :BB
    quero mais

    ResponderExcluir
  5. eu to apaixonada pela fic sério!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! postem mais logo!

    ResponderExcluir
  6. eu gostei muito quero o resto

    ResponderExcluir
  7. AAAh tá lindo posta logo PLEASE *-*
    segue de volta por favor? >
    http://jemi-howyouremindme.blogspot.com

    ResponderExcluir
  8. Amei *-----------------------*

    ResponderExcluir